segunda-feira, 28 de maio de 2012

Fogueira das Vaidades nas Casas Espiritas

Algo não muito sadio está acontecendo nas relações entre os confrades nas casas espiritas. Não é à toa que o movimento evangélico vem conseguindo maior número de adeptos, pois os centros espiritas, na sua maioria, estão se especializando em alijar do seu convivio todos aqueles que por razões diversas divergem da ditadura dos dirigentes. Será que entre os muros das instituições espiritas já não se pratica a caridade conforme nos ensinou o apóstolo Paulo?
"Se eu falar as línguas dos homens e dos anjos, e não tiver caridade, sou
como o metal que soa, ou como o sino que tine. E se eu tiver o dom de
profecia, e conhecer todos os mistérios, e quanto se pode saber; e se tiver
toda a fé, até a ponto de transportar montanhas, e não tiver caridade, não
sou nada. E se eu distribuir todos os meus bens em o sustento dos pobres, e
se entregar o meu corpo para ser queimado, se todavia não tiver caridade,
nada disto me aproveita. A caridade é paciente, é benigna; a caridade não é
invejosa, não obra temerária nem precipitadamente, não se ensoberbece, não é
ambiciosa, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não
suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Tudo
tolera, tudo crê, tudo espera, tudo sofre. A caridade nunca jamais há de
acabar, ou deixem de ter lugar às profecias, ou cessem as línguas, ou seja
abolida a ciência.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e a caridade, estas três virtudes;
porém a maior delas é a caridade. (Paulo, I Coríntios, XIII: 1-7 e 13)."


 E o que nos advertiu o "bom senso encarnado" Allan Kardec que
"Fora da caridade não há salvação?"

Acredito que existe uma lacuna enorme entre o ensinar e o fazer. Devemos estudar o Evangelho para praticar. Praticar  através dos embates diários que a vida nos proporciona. Só se aprende a fazer, fazendo; o que implica uma renovação de atitudes dentro do movimento espirita.
A pergunta que sempre faço é: qual o papel das instituições espiritas frente á sociedade atual? Será esclarecer através da divulgação da doutrina de forma clara, concisa, sem subterfúgios, possibilitando a todos os que  tem sede de conhecimento, paz e luz, sejam saciados? Ou será que a cizânia espalhada através de proibições exdrúxulas - não se pode ler tal livro, estudar ciência espirita, falar de tal médium, etc.- produza mais ceticismo, mais desconfiança e amargura?

É necessário repensarmos nossa atitudes lembrando o que Herculano Pires enfatizou no seu livro "O Centro Espírita", o "Presidente da casa espirita não é o presidente da república e nem o doutrinador um sábio".

Não esqueçamos do Mestre JESUS que nos concitou a  "Amar a Deus sobre todas as coisas e o próximo como a si mesmo. Está ai toda a lei e os profetas".

Quem é o próximo mais próximo dentro da casa espirita ? Serão apenas as pessoas que nos buscam à procura de consolo ou  o nosso confrade que trabalha ombro a ombro conosco?
Dinorah Pessoa


2 comentários:

  1. Próximo é aquele que deseja estar próximo a nós...

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    1. Anita
      Se convivemos muito próximos a pessoas, acredito que não foi o acaso que nos aproximou e se esse PRÒXIMO não deseja estar próximo a nós você não acha que devemos fazer todos os esforços para aproximá-lo? O que nos impede?
      Paz e Luz!

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