Algo não muito sadio está acontecendo nas relações entre os confrades nas casas espiritas. Não é à toa que o movimento evangélico vem conseguindo maior número de adeptos, pois os centros espiritas, na sua maioria, estão se especializando em alijar do seu convivio todos aqueles que por razões diversas divergem da ditadura dos dirigentes. Será que entre os muros das instituições espiritas já não se pratica a caridade conforme nos ensinou o apóstolo Paulo?
"Se eu falar as línguas dos homens e dos anjos, e não tiver caridade, sou
como o metal que soa, ou como o sino que tine. E se eu tiver o dom de
profecia, e conhecer todos os mistérios, e quanto se pode saber; e se tiver
toda a fé, até a ponto de transportar montanhas, e não tiver caridade, não
sou nada. E se eu distribuir todos os meus bens em o sustento dos pobres, e
se entregar o meu corpo para ser queimado, se todavia não tiver caridade,
nada disto me aproveita. A caridade é paciente, é benigna; a caridade não é
invejosa, não obra temerária nem precipitadamente, não se ensoberbece, não é
ambiciosa, não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não
suspeita mal, não folga com a injustiça, mas folga com a verdade. Tudo
tolera, tudo crê, tudo espera, tudo sofre. A caridade nunca jamais há de
acabar, ou deixem de ter lugar às profecias, ou cessem as línguas, ou seja
abolida a ciência.
Agora, pois, permanecem a fé, a esperança e a caridade, estas três virtudes;
porém a maior delas é a caridade. (Paulo, I Coríntios, XIII: 1-7 e 13)."